quarta-feira, dezembro 1

me apresento, se permite:

- Maiakovski.
Dê-me a mão!
Eis a jaula do tórax.
Ouve?
Não vibra, gane, este filhote de leão domesticado.
Preocupa-me!
Parece-me que trago toneladas de vexame na cabeça frívola.
Venha,eu o tiro daí.
Que ar de surpresa!
Puxei forte?
Doeu?
Lamento, amigo.
Você e eu, já estamos bem providos de ethernidade.
O tempo nos sobe ja!
Vamos conversar como água célere, como a primavera, que livra e libera.
Veja no céu esta lua-donzela, que perigo!
saindo sem nenhum satélite!
Eu agora estou livre do amor, dos cartazes.
O urso do ciúme é um tapete de unhas.
Quem quiser uma prova de que a terra é curva, sentado sobre as próprias nádegas, resvale!Não, não vou impor os meus humores negros, já não quero falar, e com quem falaria?
São as guelras da rima, aflando sem sossego em gente como nós, na areia da poesia.
O sonho é dano, a fantasia inútil, é preciso arrastar as rotinas do tédio.
Mas ocorre que a vida tome um perfil inédito, e revele a grandeza através do que é fútil ...

Aleksandr Siergéievitch ...

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